Apesar das inúmeras reclamações de consumidores postadas nos
sites específicos para isso, acredito que ainda exista uma minoria de
vendedores bem treinados no comércio. Atualmente são poucos, mas existem.
Sinto
saudade do tempo em que parecia que a empresa se importava com seu cliente.
Tinha essa impressão porque tive o privilégio de conhecer vendedores que sabiam
qual produto eu gostava. Ligavam pra mim
ou mandavam e-mail e mensagens avisando acerca da disponibilidade desses
produtos. Não ficavam de cara feia ou má vontade quando eu aparecia na loja só
para ver o que tinha de novo, para dar um olá ou para trocar um produto. Eles
eram simpáticos, te ofereciam um café ou água e você sentia que eles tinham
prazer no que faziam. Realmente “vestiam a camisa” da empresa. Faziam questão de
manter o cliente e almejavam uma ascensão na empresa aonde trabalhavam. Você
olhava para um determinado vendedor e imediatamente você associava a pessoa
dele à empresa. Eles eram a imagem, a representatividade, o cartão de visitas
da empresa. Aonde eles foram parar? Por que não são maioria? Não importava a
idade deles, de fato eles eram competentes e gostavam do que faziam. Sempre os
valorizei porque já fui vendedora e sei que eles sofrem muita pressão para
vender muito, atingir metas impossíveis, manter a loja sempre arrumada, usar
seus produtos de venda e espelhar o melhor da empresa para o cliente.
Mas nem tudo é perfeito se aqueles que estão
no escritório não se importam com o cliente. Atualmente estou tendo o
aborrecimento de mover uma ação em face de uma loja de moda bem conhecida no
mercado, onde fui cliente por trinta e três anos. Motivo: Fui mal atendida por
uma de suas vendedoras, postei uma reclamação no site Reclame Aqui e ao invés
de receber um pedido de desculpas por parte da gerente ela me injuriou por
e-mail dizendo que eu sofria de transtornos psíquicos e tomava remédios, além
de ter causado várias confusões na loja que ela teve que contornar. É, foi essa
a resposta que eu recebi. Essa foi a resposta dela para a minha reclamação no
site Reclame Aqui que eu e quem administra essas reclamações no site recebeu
também por e-mail. Quando fui mal atendida no dia 04/01/2015 ela era gerente da
loja, agora ela é supervisora de vendas dessa empresa, trabalha no escritório.
Ou seja, trate mal o cliente e seja promovida. Isso me faz pensar o que esse
pessoal que trabalha no escritório dessas lojas falam à nosso respeito, as
clientes. Realmente não temos a menor noção. Mas a maior punição não é só a
ação judicial com provas fartas. É o boicote eterno a essas lojas. Nesses
tempos difíceis se vamos investir nosso dinheiro, devemos pensar com quem
estamos lidando. Os sites de reclamação estão aí. Deem uma olhada e vocês
ficarão bem surpresos. Ou não.
O consumismo propicia cada vez mais fatos como estes. Só querem vender. Só querem comprar. Empresas contratam provavelmente sem treinamento. Se antes as pessoas escolhiam vender hoje querem um trabalho qualquer. Somado ao estresse do mundo do moderno cada vez mais teremos fatos desagradáveis como esse.
ResponderExcluirInfelizmente Marise. Hoje as empresas realmente não se importam com a fidelização do cliente, com treinamento de vendedoras, com a qualidade do produto, com as reclamações dos clientes. Parece que vale tudo. Menos o cliente. Se continuarem assim e se nós boicotarmos as empresas que nos tratam mal, um dia elas não vão mais existir e nós procuraremos outras que nos respeitem porque hoje em dia, graças a Deus, o consumidor está ficando cada vez mais exigente. Mil bjs e muito obrigada pela sua participação.
ResponderExcluirMarise e Angela, a questão é complexa. Primeiro devemos entender que o conceito de bom vendedor é subjetivo. Modernamente o conceito trata do vendedor/consultor, ou seja, um profissional que entenda o perfil do cliente e ofereça aquilo que esteja dentro do perfil do cliente. Contudo, ainda existem empresas que tem como conceito de bom vendedor aquele que vende "sorvete para esquimó". Ou ainda o conceito de "vender a qualquer custo". Exemplo: existem empresas que estimulam que vendedoras "deem mole" para clientes para efetivar a venda.
ResponderExcluirEntão, depois de entendido o tipo de perfil de vendedor que a empresa tem, o segundo ponto a ser verificado é o treinamento inicial e o aperfeiçoamento constante. Ninguém faz isso. Supervisores de vendas que vão as lojas para experimentar produtos, passear no shopping e coisas afins são outro reflexo desse problema. Como o supervisor vai verificar questões de atendimento se está mais preocupado em passear ou experimentar produtos?
É verdade, tive uma experiência desse tipo. Entrei numa loja e percebi que havia uma mulher um tanto antipática e que não parava de experimentar roupas. Até aí paciência. Não tenho nada a ver com isso. Basta ignorá-la. Mas quando eu estava conversando com a gerente da loja descobri que essa pessoa antipática era a supervisora da loja. Fiquei surpresa e espantada com essa conduta. Pensei que ela estivesse lá para fazer o trabalho dela, ou seja, no mínimo verificar se a loja estava com clientes, se havia alguma reclamação, enfim, algum problema que lhe diga respeito como por exemplo a satisfação do cliente. Não, na verdade ela estava experimentando roupas, desfilando pela loja e perguntando a homens que ela nunca viu na vida o que eles achavam dela com aquelas roupas. Também já percebi em três lojas diferentes vendedoras que ao atenderem a cliente que vai acompanhada de seu marido, namorado, começarem a paquerá-lo. Há também vendedoras que paqueram o próprio cliente para poder vender. Se você reclamar e conseguir uma resposta do escritório dessas lojas, a resposta será: A culpa não é minha. Então a culpa é de quem? Se não é do gerente de RH, do gerente de marketing, então a culpa deve ser do cliente. Absurdo, né? Sinto falta da época em que as vendedoras tinham comprometimento tanto com a empresa quanto com a cliente. Elas conheciam meu perfil, sabiam do que eu gostava, me tratavam com educação. Hoje, nem as empresas sabem quem somos. Realmente o que importa é vender a qualquer custo e com preços altos. Abraços e muito obrigada por suas participações.
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