quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

HOMEM NA LOJA!!!


Em dezembro de 2014, em Botafogo, meu namorado entrou numa famosa loja de lingerie para escolher algumas peças com o objetivo de me fazer uma surpresa. Aliás, ele sempre compra lingeries pra mim e eu adoro. Sempre fazemos compras juntos, sejam roupas para ele ou para mim. Qual é o problema? Sei que muitos homens odeiam ter que acompanhar suas esposas, namoradas às lojas, mas não somos assim.

Bem, o fato curioso é que quando ele entrou na tal loja em Botafogo sozinho ele ouviu a vendedora gritar bem alto: “Tem homem na loja!”. À princípio ele ficou meio assustado e chegou a pensar que alguma mulher pudesse estar andando pela loja vestida somente com uma lingerie mas não havia ninguém. As mulheres que estavam experimentando lingeries estavam todas dentro de suas respectivas cabines. Agora pergunto: Por que o estardalhaço, o espanto, a voz alarmante? Bom, passado este incidente, meu namorado pediu que a vendedora lhe mostrasse algumas peças. Aí veio outra surpresa. Ela passou a olhar para ele com cara de desprezo e muita desconfiança. Ele começou a se sentir incomodado com a situação e quando você pensa que ela não pode piorar... acredite, ela pode. Naquele exato momento uma senhora que estava na porta da loja falou no celular com outra pessoa: “Aqui não tem roupa pra homem”, olhando para meu namorado de cima a baixo. Então você não sabe se ri, se vai embora ou dá uma resposta adequada a essa pessoa tão grossa, mal educada, desrespeitosa e preconceituosa. Fico me perguntando até hoje por que ela e a vendedora pensaram que meu namorado era homoafetivo só porque ele estava comprando uma lingerie.

 É, o preconceito está no ar. Imagina se entrasse um homoafetivo naquela loja para comprar alguma lingerie para ele. Óbvio que seria discriminado e isso não se faz nem com ele nem com ninguém. Desse lado do balcão somos todos clientes. E cada um compra o que quer para si ou para outrem. Ou as lojas querem escolher seus clientes e não fomos avisados? Será que numa crise econômica como essa que estamos passando, o cliente deixou de ser cliente? É a loja quem manda? Fica aí uma reflexão para todos. Quanto ao meu namorado, bem, ele ficou tão indignado que foi embora sem comprar nada e disse que não voltaria mais lá. Ou seja, mais uma loja que perde um bom cliente por falta de bom atendimento.

               

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

ROUPAS E COLEÇÕES INSPIRADAS NO BALLET

Pesquisei na internet e encontrei sites sugerindo a "moda bailarina". Indago: Por que não andar por aí vestindo collant, polainas, sapatilhas, casaquinhos, saias, shorts, leggins, calças, vestidos, tops, regatas e camisetas? Todo esse vestuário faz parte do ballet e pode ser customizado para uso diário. Tudo se resume a uma palavra: criatividade. Você pode pegar as peças acima citadas e combinar com suas roupas do dia a dia. Fica chique, lindo, diferente. Pode usar collant com calça jeans ou qualquer outra cor, top com saia ou short, camisetas com leggin, enfim, uma infinidade de composições. Para completar, se quiser ficar parecendo com uma bailarina (porque o estilo é livre e para o dia a dia), faça um coque nos cabelos. A maquiagem pode ser leve para o dia ou à noite permita-se fazer olhos mais puxados com o rímel.
Todavia, discordo do conceito exposto nestes sites, segundo o qual é possível sair cem por cento bailarina nas ruas. Nem eu que fui bailarina profissional acho legal sair por aí vestida de bailarina da cabeça aos pés. Pelo menos é o que vejo em algumas fotos desses sites.
Também nada impede que você pinte ou borde uma sapatilha e acrescente ao seu vestuário. Tudo fica ao seu critério porque moda a gente cria, inventa, ousa.
E aí, meninas (bailarinas ou não), o que vocês acham?
Mil bjs.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

DIFICULDADE PARA ACHAR UMA ROUPA, TEM SOLUÇÃO? PARTE II



Dando continuidade ao assunto do primeiro post, passo agora a abordar o atendimento que as vendedoras de algumas lojas nos dispensam. Noto muitas mudanças nesses anos todos.

Eu já fui vendedora e sei muito bem o que é sofrer a pressão da empresa nas suas costas para vender seus produtos custe o que custar. É um trabalho exaustivo mas que nos dava algum prazer. Pelo menos antigamente. Hoje não consigo mais sequer associar o perfil da vendedora à loja em que ela trabalha. Sou cliente de uma loja bem conhecida no mercado brasileiro há trinta e três anos. É, sou cliente fiel desde meus quinze anos. Acompanhei todas as mudanças ocorridas nessa loja durante todos esses anos.

Se essa loja sabe que eu existo? Bem, tirando os e-mails programados que recebo, penso que não. Essa empresa não sabe quem sou, ou melhor, quem é sua cliente. Para se ter uma ideia do que digo, todas as vendedoras que me atenderam no decorrer desses anos foram promovidas à gerente, chegando uma delas a supervisora na empresa. Sabem por que? Por uma combinação de fatores muito simples: Bom atendimento por parte das vendedoras, qualidade do produto e conceito que a marca tinha. As vendedoras não pareciam sombras te perseguindo pela loja, te deixavam à vontade, apenas apresentando seus produtos. Com o tempo elas já sabiam que peças mais me agradavam, faziam uma espécie de estudo do meu perfil, antes da coleção ser lançada no mercado recebia uma ligação, inclusive em épocas de liquidação e eram capazes de atender duas ou três consumidoras ao mesmo tempo sem se perderem. Parecia que elas valorizavam a marca que estavam vendendo e almejavam ascenção na empresa. Elas de fato pareciam conhecer aquilo que vendiam.

A empresa mudou várias vezes de perfil no decorrer dos anos, comprou outras empresas, mas a verdade é que hoje ela perdeu sua identidade, suas vendedoras estão na empresa pensando em seu próximo emprego (fora da empresa), e a cliente passou a ser um mero detalhe.  Seus produtos já não atendem mais as minhas expectativas. Mau atendimento aliado a preços surreais só podem ter um objetivo; afugentar o cliente.

Quando você entra numa dessas lojas sempre se depara com alguma vendedora de cara feia te olhando como quem diz: " vai comprar ou não?" A maioria das vendedoras fica junta atrás do balcão ao invés de estar ao redor da loja pronta para atender o cliente. Se você veste uma roupa e no fundo você sente que ela não ficou tão bem em você, a vendedora imediatamente diz que você está maravilhosa por mais que você suscite possíveis dúvidas.

E para ilustrar um desses comportamentos, passei pelo dissabor de entrar numa dessas lojas, perguntar o preço de um vestido e meu marido, que estava do lado de fora, percebeu que uma vendedora atrás do balcão estava rindo de mim e balançando a cabeça de forma negativa. Juro que até hoje não entendi tal reação de quem deveria cativar o cliente.

Devido a esse fato e a tantos outros acima narrados, resolvi investir meu dinheiro em outra loja aonde sinto que sou bem vinda. Acho que o problema está relacionado a falta de um bom gerenciamento de marketing nessa empresa.

Beijos.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

DIFICULDADE PARA ACHAR UMA ROUPA, TEM SOLUÇÃO?

Será que achar uma roupa que nos caia bem é sinônimo de futilidade? Penso que não. Faz tempo que tenho observado a criação de diversos estilistas das mais conhecidas lojas de grife e percebo que eles não têm dado a devida importância ao corpo da brasileira, ou seja, suas curvas, seus quadris, seus glúteos, seios, batata da perna...

Como se não bastasse, ainda nos deparamos com problemas como o caimento, tecidos, estilos, estampas, modelagem, conforto e acessibilidade ($).

Por que parece tão difícil fazer roupa para a brasileira? Quem me conhece sabe que estou longe de ser uma mulher com o rótulo de "reta", tampouco com o rótulo de "plus size". Aliás, abomino esses rótulos. Qual o problema de ser "plus size" ou ter um manequim 36/38? Não é aí que mora o problema.
 
A questão é: O estilista conhece o corpo da cliente para a qual ele desenha suas criações? Penso que não. Estive numa loja recentemente e ao experimentar algumas peças, encontrei dificuldade para achar uma roupa que me agradasse, pois não se ajustavam apropriadamente ao meu corpo. Eram vestidos que apertavam em demasia meu peito, embora o restante dele ficasse bem no corpo; calças jeans e/ou sociais que a muito custo passavam espremidas pelo meu calcanhar, para depois ficarem coladas ao corpo e que ao me sentar, seu cós ficava largo ao redor da minha cintura.


Diante dessas dificuldades, neste dia acabei por nada adquirir. E acreditem: Fiz um esforço tremendo. Tenho manequim 40 (eu acho, porque dependendo da loja ele pode variar de 38 à 44).

Vendo minha frustação, depois de vestir várias peças e nada comprar, a gerente veio ao meu encontro e constatei que temos o mesmo problema. Imaginem como deve ser desanimador para uma profissional que é obrigada a vestir roupas da loja, ter dificuldades de encontrar o que vestir? Vocês devem estar se perguntando qual é o real problema. Pois bem, nós duas temos silicone no busto, assim como uma boa parte da população brasileira atualmente. E noto que muitas adolescentes também pretendem colocar. Ou seja, se as brasileiras possuem curvas elas não estão sendo respeitadas e percebemos isso claramente quando somos atendidas por meninas tão magras.

É como se me dissessem: "Essa roupa não serve para você" ou "você não possui o nosso perfil".

Continuo esse assunto no próximo post. E você, como se sente?

Quem??? Que??

Olá! Meu nome é Angela e pretendo compartilhar com vocês assuntos como moda, comportamento, clientes e consumidores, sustentabilidade, comportamento das empresas, enfim, minhas experiências. Espero que gostem, comentem e compartilhem com os amigos. E quem quiser, compartilhar seus "diários" comigo esteja à vontade. Um grande abraço e feliz 2015!